Aqui no Brasil a farinha de arroz não é tradicionalmente usada nas receitas de bolo, parece-me que esse é um costume de Portugal. Algumas cidades porém ainda guardam as receitas trazidas pelos portugueses à época da colonização. Gosto muito de bolo de arroz, pela sua textura acompanha maravilhosamente uma xícara de café. A receita tradicional que conheço é preparada em um dia e assada no outro, para o café da manhã. É saboreado quentinho e lembra a cidade de Goiás e doces e empadão e infância. As receitas mudaram ou o tempo é que passou muito rápido, o certo é que os sabores já não são os mesmos.
Um dia desses fui comprar fubá de canjica pra fazer a Broa do Genro e o feirante me ofereceu um fubá de arroz, também artesanal e que me despertou a vontade urgente de fazer um bolo de arroz. Pensa que pensa resolvi inventar alguma coisa que não apenas eu gostasse, mas que com alguns toques tomasse um ar de “modernice”, tão apreciado pela pessoas. Para completar uma cobertura feita com uma goiabada que tinha ganhado e imaginei daria um contraste ao sabor do bolo, além é claro da cor tão bonita.
Ingredientes
1 xícara de açucar cristal
70 g de manteiga amolecida
1/4 xícara de coco ralado integral
100 ml de leite de coco (1/2 vidro)
1 xícara de leite integral
1/2 xícara de queijo ralado
1 xícara de fubá de arroz
2 colheres de farinha de trigo
1 colher de maizena
1/2 colher de fermento químico em pó.
Quando vou usar coco ralado costumo hidratá-lo antes com alguns dos líquidos da receita. Nessa usei o leitr de coco, é só colocá-lo em uma vasilha, despejar o leite de coco e aguardar alguns minutos. Bata todos os ingredientes o liquidificador e leve a assar em forma untada e enfarinhada. O forno deverá estar quente a 200°. Usei uma forma de fundo falso porque acho mais cômodo para desenformar.
Cobertura
150 g de goiabada bem picada
100 ml de creme de leite fresco.
Pode ser usado o de caixinha dissolvido com um pouco de leite para ficar mais líquido. Levar ao fogo baixo mexendo sempre até a goiabada estar completamente dissolvida. Esperar amornar para facilitar a tarefa de espalhar. Depois de frio mesclei com colheradas de creme de leite e fiz arabescos com um garfinho, só para dar um charminho a mais.
Ficou um bolo de arroz diferente do que conhecia, mas guardou o sabor do ingrediente principal. Interessante que ao fazer uma pesquisa sobre bolos de arroz encontrei uma receita que absolutamente não levava nada de arroz, só o nome.
Parece que ficou bom, já que só durou 24h. O genro que tinha dado a goiabada foi o primeiro a provar.