Quem me conhece bem sabe que não como banana “in natura” por causa de um episódio de infância, o nefando hábito de ficar de castigo por não querer comer. Qualquer dia eu conto para que, quem ainda não sabe entender a saga de uma criança que não gostava de comer nada.
Não como banana, mas adoro tudo que é feito com ela. Quando um cacho começa a ficar granado já começo a imaginar o que farei com elas. Houve uma época que era sorvete, aprendi várias receitas, todas deliciosas.
Depois passei aos bolos e fui testando até chegar à receita que considero ideal, a da Luci.
Partindo dela já fiz várias adaptações e todas foram rapidamente devoradas, já ousei até fazer um bolo de bananas em camadas e recheado com ganache de chocolate meio amargo.
Bolo de banana é uma delícia, mas demais também enjoa e eu tinha que aproveitar o resto de um cacho que amadureceu muito rápido por causa do calor, então parti para um pudim. Coisa muito experimental, fiquei 3 dias remoendo e tentando visualizar na mente como ficaria .
Criei coragem e lá fui desperdiçar alguns ingredientes em nome da ciência culinária. Fiz à tarde, deixei dormir na geladeira e só no almoço do dia seguinte desenformei. Temia que quebrasse ao tirar da forma, mas não, saiu direitinho, a calda dourada emoldurando um lindo pudim. Faltava a prova final, o sabor. Não me decepcionei, ficou uma delícia.
Ingredientes
6 ovos em temperatura ambiente
1 lata de leite condensado
a mesma medida da lata, de leite integral
1 caixinha de creme de leite
5 bananas em rodelas.
Calda
1 xícara de água
1 1/2 xícara de açúcar cristal
Cada um tem sua maneira de fazer calda. Eu levo ao fogo baixo o açúcar com um pouco da água e espero caramelizar, quando então acrescento o restante da água que deverá estar quente. Deixo ferver 5 minutos, deixo esfriar e coloco na forma.
Começo então a fazer o pudim, que aliás é só bater tudo no liquidificador. Despejar devagar sobre a forma com a calda. Assar em banho-maria por cerca de 40 minutos. Não abra o forno antes.
Notas: Usei banana prata que é a que tenho no quintal.
Só uso leite condensado Moça, apesar de mais caro, vale o custo-benefício porque dá ponto e tem menos açúcar que os outros.
Bom, as bananas acabaram, mas quando vier o próximo cacho vou tentar reproduzir uma torta de banana que meu pai fazia quando eu era pequena. Não tenho escrita a receita, só a lembrança gustativa, era salgada e creio que ele aprendeu a fazer na Europa. Podem aguardar, se ficar boa, eu posto.
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